Refletindo sobre as diferenças
Relendo esta postagem e este texto de Lígia Assumpção Amaral "Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação" define o momento em que vivo na vida pessoal. Desde o ano passado vinhamos investigando possíveis dificuldades de aprendizagem no meu filho, pois na escola se mostrava disperso, não escutando e atendendo as ordens do grupo e professora. Depois de muitas conversas com a professora chegamos na pediatra e começamos a investigação.
Eu, como mãe, já estava sofrendo muito por perceber que algo de errado iriamos encontrar e como professora pensava nas dificuldades que teria na escola e no grupo, principalmente por não ser tido como "normal". Enfim, após inúmeros exames, entradas e saídas de médicos e hospitais recebemos o diagnóstico. Ele tem uma perda auditiva significativa e após a realização da cirurgia para retirada de um pequeno tumor que causou tal perda, será necessário o uso de um aparelho auditivo. Depois disso comecei a pensar de todas as vezes que foi chamado de "surdinho", 'que só escuta o que quer", "que não te educação", "que fica se fazendo" e principalmente do olhar das pessoas comigo como se não tivesse dado educação suficiente para ele. No final das contas a culpa sempre é da mãe!!!
Hoje entendo que uma perda auditiva é algo contornável e que existem situações piores. Porém saber que ele irá carregar esta "diferença" para o resto da vida me deixa com receio, principalmente porque como professora sei como as coisas funcionam nos ambientes.
Todo esse momento que vivo me fez refletir no lado profissional, pois quantas vezes não sabemos lidar com o diferente, quantas vezes acreditamos que o aluno esta "se fazendo" quando no funco pode ter algo de concreto acontecendo.
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