segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Semana da Consciência Negra


Trabalhar o Dia da Consciência Negra nas escolas passou a ser fundamental na formação social do aluno.
Leciono em turmas de 5° ano e como faz parte dos conteúdos desenvolvido a história do Rio Grande do Sul é impossível não refletir sobre a importância do negro em nossa sociedade.
Fato é que a a escravidão é parte da história que muitos gostariam de apagar.
Os alunos, ao verificarem a contribuição dos negros perceberam o negro como parte integrante para a formação histórica do nosso povo.

Um pouco da história...



Em 1737, o Brigadeiro Silva Pais, que vinha oficialmente fundar o presídio militar Jesus Maria José (Rio Grande), trouxe entre seus homens, inúmeros negros. A estes, juntaram-se os chegados anteriormente, sob o comando de Cristóvão Pereira de Abreu. Os descendentes e demais, que se instalaram no RS por circunstâncias diversas, desempenharam importante papel na formação e defesa do Estado. Participaram das Guerras Guaraníticas, da Revolução Farroupilha, da Guerra do Paraguai. A partir do surgimento do Estado Nacional Brasileiro (1824), os negros combatentes receberam alforria. Eles estiveram entre os primeiros tropeiros, peões e charqueadores. Envolvendo o escravo e o período opressivo, corre a narrativa sobre o Negrinho do Pastoreio. Ele relata o martírio do jovem negro, morto por maldade do seu senhor. As pessoas que perdem objetos recorrem ao mártir, oferecendo uma velinha em pagamento da promessa. Várias palavras de procedência africana integram-se ao vocabulário: angu, cacimba, capenga, cachaça, batuque, lundu, mandinga, miçanga, samba, etc. Certos instrumentos de percussão tem procedência negra: agê, maçaquaias, atabaques. Há influência também no gosto pelos enfeites, berloques, brincos, colares de guia e outros, bem como o uso de turbantes. Destaca-se igualmente, a herança negra nos cultos religiosos: Umbanda, Quimbanda, Batuque ou Nação. Suas divindades sincretizaram-se com os Santos do hagiológico católico. Durante a procissão de Nossa senhora dos Navegantes, há quem preste homenagem a Iemanja; também São Jorge, em sua festa é reverenciado pelos filhos de Ogum. A devoção a Nossa Senhora do Rosário é demonstrada pelos negros na Congada e no Quicumbi. A culinária, chamada africana, restringe-se à “comida de santo”. 

Um comentário:

  1. Olá Ana!
    Todos os temas são importantes e de extrema valia para a aprendizagem. Creio que você deva trabalhar esse tema de forma bem lúdica afim de se tornar uma aula prazerosa, apesar de fazer parte de uma história que gostaríamos de apagar...
    Abr@ço!

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